O estado Getulista- Igreja Católica
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Getúlio Vargas chegou ao poder em Outubro de 1930 e nele permaneceu por quinze anos. Ora como chefe de um governo provisório, ora como presidente eleito por voto indireto, ora como ditador. No início dos anos 30 o governo provisório tentava se firmar em meio a muitas incertezas. A crise econômica mundial arruinava muitos fazendeiros e o desemprego assolava muitas cidades. A balança comercial apresentava déficit considerável: as importações aumentavam enquanto as exportações se evaporavam junto com a moeda nacional. (FAUSTO, 2006: 185). No plano político as velhas oligarquias estaduais buscavam sua parte no bolo do poder. O movimento tenentista se opunha a esta mobilização e apoiava Getúlio em sua intenção de centralizar o poder. Entretanto, uma importante base de apoio do governo foi a Igreja Católica. Esta colaboração não era nova, datando dos anos 20, especialmente a partir da presidência de Artur Bernardes. Contudo, com Getúlio esta relação se estreitou. O marco simbólico desta união foi a inauguração da estátua do Cristo Redentor, no morro do Corcovado, no Rio de Janeiro em 12 de Outubro de 1931. Nesta ocasião, o cardeal Leme consagrou o país "ao coração santíssimo de Jesus, reconhecendo-o para sempre seu rei e senhor". A Igreja conduziu a massa a apoiar o governo e este, em troca, permitiu o ensino do cristianismo católico nas escolas públicas a partir do decreto de Abril de 1931. (FAUSTO, 2006: 185).
42-1945
Desde o início da Segunda Guerra Mundial, a ideologia do Estado Novo, implantado por Getúlio Vargas, apontava para um provável alinhamento do Brasil com os países do Pacto de Aço - Alemanha e Itália. Em 1937 Vargas havia instalado no País uma ditadura, apoiada em uma Constituição centralizadora e autoritária, que guardava muitos pontos em comum com as ditaduras fascista. A própria declaração de Vargas ao comentar a invasão da Polônia pelo exército nazista, em 1o de setembro de 1939, revelava certa simpatia pelo nazismo ao prever um futuro