O Espaço, as distância e o Ser-humano
Cada indivíduo zela pelo seu próprio espaço que o separa do meio externo. É a necessidade de sentir que um espaço lhe pertence e é o seu “território”, que o leva a criar certas distâncias na sociedade em que se insere. Estas distâncias, não são mais que uma forma de comportamento chamado de “socializado”, de se estar entre outros membros praticantes da mesma “doutrina”... São comportamentos quase inatos, muitas vezes até, são tidos como tão naturais, que nem são notados pelos interlocutores, e se estes não praticam do mesmo modo de distanciamento, não entendem porque o seu interlocutor se comporta daquela forma e avançam cada vez mais, à medida que o outro se afasta progressivamente!... Mas este é um salto demasiado grande, teremos de ir por partes:
Porque razão existem distâncias? Que distâncias são essas? Que implicações têm estas distâncias no modo de conviver entre indivíduos da mesma sociedade? São questões, que se resumem a um tema muito importante na convivência social de cada um: O Espaço. Tal como descreve Edward T. Hall no livro “A Linguagem Silenciosa” – “ O Espaço é um meio de comunicação, no entanto, é provável que não tivéssemos consciência desse facto se não percebêssemos que o espaço é organizado de forma diferente em cada cultura.” – este é exactamente o ponto essencial, o que para uma pessoa pode significar como o seu próprio espaço e limites do mesmo, pode não ter exactamente o mesmo critério para outra pessoa. A definição de Espaço é volúvel e entendida de formas diferentes por cada cultura. Mas existe algo em comum: todas as culturas buscam o seu próprio Espaço e organizam-no da forma que melhor lhes facilite a integração social. Segundo Edward T. Hall, são então criadas distâncias uniformes nas relações entre os indivíduos: distâncias pessoais, sociais, publicas e íntimas. Cada um destes tipos de distâncias, é utilizado em circunstâncias específicas, locais