O ensino no Brasil atualmente
NOVOS COMPORTAMENTOS
Psicologia Da Educação
São Paulo
2012
A minha primeira impressão ao entrar na Escola Maximiliano Pereira dos Santos, localizada na Vila Madalena em São Paulo, foi de um sistema carcerário, com uma pequena abertura na parede, que poderíamos chamar de guichê, porta principal fechada à chave com corrente e cadeado e com uma policial a frente. Estou relatando isso porque, em se tratando de Behaviorismo, fiquei com uma impressão péssima do ambiente que estava a minha volta, sem falar dos professores com um ar pesado, de quem está ali por obrigação, sem muito amor e satisfação transparecendo em seus olhares. Em meio a esse caos - infelizmente, não tenho outra palavra para descrever essa situação e provavelmente terei de repeti-la algumas vezes no decorrer dessa minha análise crítica, fui apresentado para o professor de filosofia. A princípio, ele ficou surpreso e meio desconfiado. Entretanto, para deixá-lo mais à vontade, conforme orientação da fase um, mencionei que iria apenas observar uma aula para realizar um trabalho.
Sentei na primeira carteira para poder ter uma visão geral dos alunos e do professor. A turma tinha uns quinze alunos, dispersos pelas carteiras, quatro meninas colocaram suas carteiras uma ao lado da outra com as costas para a parede para poderem ficar de frente para todos os alunos. Achei estranho o professor não dizer nada sobre isso. Outros alunos de pé; outros, entrando com justificativas esfarrapadas sobre onde estavam e o que estavam fazendo fora da sala de aula, lugar onde já deveriam estar.
Depois de uns vinte minutos tentando negociar com os alunos, em meio a piadinhas e conversas paralelas, o professor deu início a sua aula. A rebeldia era notória - nunca tinha visto tamanho desrespeito em sala de aula. Fiquei até incomodado. Estou simplificando, pois o comportamento exacerbado e falta de educação predominavam. Senti “pena” do professor que, em meio à tentativa de