O ensaio sobre a cegueira em relação com espaço e sujeito ficcional
Programa de Graduação em Publicidade e Propaganda
Kaissa Lima Fonseca
ANÁLISE CRÍTICA DO FILME ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
Belo Horizonte
2014
Ao fazer uma leitura crítica sobre o filme “Ensaio Sobre a Cegueira”, os conceitos que serão ressaltados nessa análise serão o de Sujeito Ficcional e Espaço, e a relação entre eles. A história se passa por uma “cegueira branca”, que atinge toda a população de uma cidade. O espaço inicial é contemporâneo, uma vida normal, em um trânsito em que o primeiro infectado manifesta tal doença. Ele vai ao médico, e a partir desse ponto, a cegueira começa a se manifestar, inclusive no próprio médico, nos seus pacientes que estavam presentes, como uma prostituta que usava óculos escuros, um velho com venda nos olhos, uma criança, a secretaria, e outras pessoas. No começo do filme, a vida do médico com a mulher apresenta alguns problemas, como ela beber mais do que o normal, e uma conversa um pouco distanciada. Após a infecção predominar, a única pessoa imune a doença é a mulher do médico, então o filme se passa pelo olhar de tal, pelo olhar dos cegos mas também com relação a visão do diretor, portanto o narrador tem uma visão de fora da história, mostrando como os personagens viam as as situações. Portanto, o filme se baseia em várias perspectivas diferentes.
As pessoas contaminadas são levadas a um tipo de quarentena. O espaço é construído com cores claras, predominantemente o branco, e também nas cenas em que está na parte do dia, há uma superexposição de luz, as cenas são muito claras, o que o diretor possivelmente fez para aproximar o espectador da visão dos sujeitos e o espaço submetido a eles.
Ao meio de toda a situação, o diretor mistura pessoas de etnias, idades, culturas e classes sociais diferentes, todos na mesma situação e com poderes equivalentes, ou seja, todos são iguais no espaço e situação