O enfermeiro - Machado de Assis (APS - TESE DE DEFESA)
Classe: Turno:
Líder do grupo:
Participantes do grupo: “O enfermeiro”
Referencia Bibliográfica: ASSIS, Machado de. “O Enfermeiro” In: Machado de Assis, Antologia e Estudos (Alfredo Bosi et alii). São Paulo: Ática, 1982, p. 187-191.
Tese do grupo: Não há o que se falar em premeditação do crime, o que caracterizaria homicídio como doloso, quando há intenção de matar. Em diversos momentos de estadia na casa do Coronel, Procópio, mesmo submetido as mais diversas injúrias, difamações e, até mesmo agressões físicas, manteve-se sereno e paciente até o dia da fatalidade ocorrida. Imperioso esclarecer que inclusive, mesmo tomado da incapacidade de medir a extensão das consequências de seus atos prestou socorro imediato ao Coronel, porém sem que houvesse sucesso.
Não obstante a parcimônia do enfermeiro, em mais de uma vez decidiu largar o emprego e voltar as suas atividades anteriores, o que foi insistentemente rechaçado pelo Coronel e pelo Vigário, este último, um homem perspicácia e capaz de identificar qualquer suposta intenção de Procópio.
É certo que com o passar do tempo o intenso isolamento e as constantes agressões físicas e morais tornou-se as relações melindrosas e delicadas. Não suportando mais tamanha humilhação e percebendo a perda da piedade que sentia pelo Coronel, mesmo tomado de ódio e aversão, Procópio decide retornar à Corte, mesmo tenso que discordar da posição do Vigário, que novamente o convence de ficar por mais um tempo até conseguir um substituto.
Desta forma, não há sequer em todo o relato, um único elemento concreto o qual sinaliza a inclinação ou tendência de promover a morte ou qualquer dano físico ao Coronel por parte do Enfermeiro. Em todos os momentos, mesmo nos de maiores tensões, Procópio se propôs a abandonar o serviço e, nunca a atos de crueldade.
É fato que as condições insalubres as quais Procópio foi submetido sugere um enfraquecimento nas suas faculdades mentais momentânea,