O Egito Antigo
Na origem, a agricultura e o intercâmbio de produtos estimulam a sedentarização e a miscigenação das tribos na região, que formam um único povo. Durante o Neolítico, surgem as cidades-estado, como Tebas, Mênfis e Tânis, que se relacionam ativamente. Dois reinos, o Alto e o Baixo Egito, formam-se com a organização de clãs conhecidos como nomos, divisões administrativas da monarquia, governados por nomarcas. Em 3200 a.C., ocorre a unificação sob uma monarquia centralizada na figura do faraó, soberano hereditário e absoluto, considerado uma encarnação divina. Por volta de 2700 a.C., constroem-se as célebres pirâmides de Gizé. Em 2200 a.C., há uma crise de autoridade, e os nomarcas assumem o poder.
Os faraós retornam por volta de 2000 a.C. Nesse período, há incursões contra os beduínos e a conquista de minas de cobre e pedras preciosas. Mas disputas internas e a invasão dos hicsos, povo do Cáucaso, em 1750 a.C., interrompem a expansão. Os estrangeiros são expulsos em 1580 a.C., e os egípcios se lançam na conquista de territórios que incluem Mesopotâmia, Síria, Palestina, Chipre e ilhas do Mar Egeu. Mas sofrem assédio de gregos, filisteus, etíopes e assírios. Em 525 a.C., são dominados pelos persas e perdem a independência. Em 332 a.C., são os macedônios. Em 30 a.C., tem início o domínio romano, marcando a decadência final da civilização egípcia.
Os egípcios atingem grande avanço científico e tecnológico. Elaboram o primeiro calendário lunar, lançam os fundamentos da geometria e do cálculo complexo, criam a escrita hieroglífica, desenvolvem técnicas de irrigação e de construção naval e erguem monumentais palácios e templos. Politeístas, cultuam deuses com formas humanas e de animais. O maior