O ecletismo no pará
Este trabalho se trata de uma pesquisa sobre a Arquitetura Eclética em Belém, retratando como foi seu surgimento, os fatores sociais, econômicos e políticos que influenciaram na sua formação e exemplificando as características desse estilo através do Colégio Gentil Bittencourt, que é, dentre as edificações ecléticas da cidade, uma das mais belas. A pesquisa foi feita com a utilização de livros e trabalhos encontrados na biblioteca da Universidade da Amazônia e no acervo do DPHAC, por meio de conversas com as mestras que dirigem o colégio, e com fotografias tiradas pelos alunos e imagens pesquisadas na internet.
Desenvolvimento
1. Contextualização:
a. Contexto histórico, político, econômico e social:
Durante um período de duzentos anos, que compreende a fundação de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, até o início do ciclo da borraca, a cidade de Belém vivenciou pouco desenvolvimento no que diz respeito à economia, questões políticas e sociais, na arquitetura e no urbanismo.
A partir de 1870, data da valorização da borracha no comércio mundial dado o advento da revolucão industrial, a economia regional começa a progredir e ganhar notoriedade.
No campo da política, a proclamação da República, em 1889, conferiu maior independência econômica e administrativa aos estados, cabendo destaque aos governos de Antônio Lemos e Augusto Montenegro.
Em decorrência de todos estes fatores, Belém teve a possibilidade de finalmente se modernizar. A implantação de um sistema sanitário, incineração de lixo, cuidados com a saúde pública, iluminação das vias, criacão de boulevards, calçamentos, etc., foram algumas das medidas urbanísticas adotadas. Além disso, iniciou-se um processo de embelezamento da cidade, e dentro deste, a arquitetura eclética se definia como estilo vigente, sendo empregada na grande maioria das construções monumentais, como o Colégio Gentil Bittencourt.
b. Tipo de edificação: definição e função
O Colégio Gentil Bittencourt