o documentario
Ele começa apresentando aparentemente a primeira espécie de homem-macaco, o Australopithecusafarensis, descoberto na Etiópia em 1974 pelo antropólogo americano Donald Johanson e batizado de “Lucy”, pois se tratava do esqueleto de uma fêmea. Ele concluiu então que a espécie viveu na África há aproximadamente 3.5 milhões de anos, no período Plioceno. De acordo com as imagens, a única diferença morfológica entre esses seres e os macacos é o fato de serem bípedes e andarem eretos, pois possuíam feições, comportamento e comunicação muito próximos às dos Primatas, além de viverem em grandes grupos com freqüentes disputas não só por alimento entre as tribos rivais, mas também entre eles, por fêmeas e por liderança.
Porém, apesar de parecer pouco, este evento teve um grande valor evolutivo para a sua espécie e para as próximas que viriam. Segundo o documentário, as mudanças climáticas em seu habitat e a resultante redução de recursos obrigou os Australopithecus a permanecerem mais tempo no chão do que nas árvores, como faziam seus parentes macacos. Teoricamente, eles se adaptaram a este novo meio ficando em posição vertical, o que implicou em adaptações em todo o seu esqueleto, especialmente nos membros superiores e inferiores e no crânio, com a migração do buraco occipital para a sua região dorsal, detalhe este não mencionado. Foi esclarecido que apesar de estarem mais altos, logo, com um campo de visão com um alcance muito maior, a real vantagem no bipedismo está na economia de energia que este tipo de locomoção promove, o que se reverte para o sexo e para a recuperação do parto, podendo gerar filhotes com um intervalo bem menor, um grande benefício para qualquer espécie.