O dia em que matei meu pai
Fichamento
1ª parte: Capítulos 1º ao 11.
Nesta primeira parte o protagonista descreve o assassinato cometeu, esclarecendo que o assassinato ocorrera com “uma paulada na nuca e outra no alto da cabeça” (p.9), narrando-se o crime detalhadamente. Por conseguinte, se vê a narração de um momento marcante na vida do protagonista, aos cinco anos de idade, situação em que este estava na praia com seus pais e se coloca em circunstância de risco, afogando-se, mas seu pai salvou sua vida. Escancara-se, ainda, o amor doentio do narrador por sua mãe, e em consequência, nasciam as divergências deste com seu pai, como se vê: “a primeira humilhação que ele me infligiu foi salvar a minha vida naquela manhã de verão” (p. 12). Descrevem-se sua angústia, seus tormentos, suas visões noturnas, bem como seus medos. Como se vê: “Meus pais agora dormiam de porta fechada. Eu ficava do lado de fora, na prisão do mundo” (p.15). Continua-se a narração dos fatos pelas visões do narrador, e o intuito deste de destruir a relação de seus pais, comparando sua reação com as demais crianças, no entanto, esclarecendo que a vontade do narrador era diferente, haja vista que, como se tem no trecho: “eu sabia que odiava meu pai, e não tinha nenhum remorso disso. Gostava” (p.18). O fato de o parricida gostar de odiar seu pai diferenciava sua reação de ciúmes infantil das demais crianças de sua idade. Há, também, a narrativa da morte da mãe do parricida, morte decorrente de um câncer, com a descrição do definhamento da mãe do narrador, durante o tratamento do câncer. Nesta primeira parte, há reflexões sobre a vida do parricida, na tentativa, implícita de se dá uma explicação lógica ao cometimento do crime. Isto se ver pelo fato do narrador ser detalhista ao expor sua convivência difícil e arrastada deste com a vítima, bem como com a utilização de jargões de tratamentos, tais