O cronista do Sertão
Por: Clara Regina
Responsável não só pela disseminação do baião, Luiz Gonzaga soube também ver seu Nordeste sob uma perspectiva subjetiva e ressaltar assim, em seus evolventes ritmos, os aspectos apreciáveis da região para todo o Brasil, revelando o que há por trás das aparêcias. Dessa forma, além de Rei do Baião, Gonzaga foi um verdadeiro cronista do sertão. Suas canções, abriram um leque de imagens representativas do Nordeste que, antes, era sinônimo de apenas cangaço e seca; formaram sobretudo, a identidadade cultural do povo nordestino que tornou-se admirada de norte a sul do país. Assim, era nítido o surgimento de uma vertente musical originalíssima e digna de sucesso. O rei, unifica os migrantes nos versos de “Asa Branca”, regendo suas dores, solidão, saudade e a eminente esperança; sentimentos que ainda hoje, são pertinentes na vida de muitos brasileros, o que torna a música dotada de eterna significação. Também na música “Samarica Parteira” Luiz canta a vida no sertão: o cotidiano, com seus costumes, companheirismo, religiosidades e tradições, tudo regado de muitos detalhes. A figura marcante deste artista e a sua consequente representatividade nos meios culturais, sociais e político o tornaram uma personalidade icônica não só para o povo do nordeste mas também para toda uma nação.
E assim, bem como ele queria, acredito que esse pernambucano de Exu será eternamente lembrado: “ [...] gostaria que lembrassem que este sanfoneiro amou muito seu povo e o seu nordeste.”
O cronista do sertão
Por: Clara Regina
Responsável não só pela disseminação do baião, Luiz Gonzaga soube também ver seu Nordeste sob uma perspectiva subjetiva e ressaltar assim, em seus evolventes ritmos, os aspectos apreciáveis da região para todo o Brasil, revelando o que há por trás das aparêcias. Dessa forma, além de Rei do Baião, Gonzaga foi um verdadeiro cronista do sertão. Suas canções, abriram um leque de imagens representativas do