O CORTIÇO
Vidas Secas de Graciliano Ramos conta outra história, completamente diferente com personagens bem distintos do Cortiço, nesta obra encontramos o retrato e a história de uma humilde família de retirantes, que dentro de um parado, não chega a construir propriamente uma história. A dura seca, força a família marchar em fuga, motivados pelo implacável sonho de uma vida melhor, sintetizando a tragédia social brasileira no sertão nordestino, com uma linguagem levada aos limites da concisão e do aprimoramento.
É notável as características das teorias Darwinistas e Deterministas nas duas obras citadas anteriormente mostrando assim a sujeição ao trabalho e a exploração do mesmo visando sempre a obtenção de lucros.
Em Vidas Secas o Patrão rouba Fabiano nas contas. Os bezerros e cabritos que lhe cabiam, como paga do trabalho, Fabiano os tem que vender ao patrão. Fabiano reclama, pois as contas do patrão não conferem com as feitas por Sinhá Vitória. O patrão lhe aconselha procurar serviço noutra fazenda. Fabiano se desculpa. Fabiano depois recorda a injustiça que sofreu de um fiscal da prefeitura por ter tentado vender um porco. O pai viverá assim, o avô também. E para trás não existia família. Cortar mandacaru, ensebar látegos aquilo estava no sangue. Conformava-se, não pretendia mais nada.
Já na obra O Cortiço, João Romão é um português ambicioso que ajunta dinheiro por penosos sacrifícios, compra uma venda e algumas casinhas. A cobiça do português não deixa escapar nem à sua companheira Bertoleza, uma escrava fugida, porém muito trabalhadeira, dona de uma quitanda ela economizava para comprar a carta de alforria. João Romão a falsificava para que a mesma continuasse a trabalhar e