O cenário contemporâneo é marcado por uma nova configuração existencial caracterizada pelas inovações na tecnológia, nos meios de comunicação, relacionamentos e habilidades, dentre outros diversos elementos que proporcionaram modificações no campo da subjetividade dos indivíduos e os fez gerar novas formas de existir continuamente. Com isso, surgiram ressignificações para as fases do desenvolvimento humano, trazendo consigo algumas consequências como a pregação da juventude e o prazer independente de qualquer faixa etária.A adultização que ocorre na fase infantil mediante a adoção de hábitos e autonomia adulta. A erotização precose, a qual denuncia o início da vida sexual muito cedo, quando levado em consideração, o despreparo biológico e psicológico para isso. Os elementos acima trazem a questão do corpo e sua simbologia na sociedade. Este elemento que outrora era visto como elemento sagrado e de representação da hora, agora passa agora a ser objeto de satisfação e liberdade. O mesmo passa a ser transformado e modelado segundo as ideologias humanas e o formato da sociedade em quem está inserido. Segundo o documentário “Trilogia do corpo segundo um cidadão qualquer” é possível conhecer os tipos de corpo: o fechado o qual é protegido a medida que liga-se a religião, o delito que é aberto e decifrado pela ciência e o estranho caracterizada pela troca de sexo (transsexual). A partir disso que cientistas, religiosos e artistas passam a criar seus prórpios discursos no que tange as interpretações e simbologias desse elemento na busca pela identidade do ser humano. O corpo pode falar muito sobre alguém e seu interior, embora não possa relevar de fato quem é aquele indivíduo. Com base nisso é possível dizer que o ser humano pode de representá-lo socialmente segundo sua própria subjetividade.