O corpo dos condenados - Michel Foucault
EZIEL SANTOS SILVA
VIGIAR E PUNIR – O CORPO DOS CONDENADOS - M. FOUCAULT
FEIRA DE SANTANA
2012
EZIEL SANTOS SILVA
VIGIAR E PUNIR – O CORPO DOS CONDENADOS - M. FOUCAULT
Trabalho apresentado à Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana - FAT, como requisito de avaliação da disciplina Psicologia Geral e Jurídica, sob orientação da Professora Iara Nancy Araújo Rios.
FEIRA DE SANTANA 2012
TÓPICOS DE ANÁLISE
1) Considerando as transformações no processo punitivo estudadas por M. Foucault, apresente como o corpo humano foi tratado neste período, caracterizando a tecnologia do corpo.
Desde a antiguidade, percorrendo a Idade Média e parte da Era Moderna, o suplício, (castigo físico com intensa dor aplicado diretamente ao corpo dos transgressores) era a forma mais abrangente e pública de punição. O corpo era o principal alvo da repressão penal. O corpo dos condenados, muitos destes ainda vivos, era torturado, e exposto em espetáculo, amputado, arrastado, esquartejado, eviscerado, cortado em postas, queimado etc. A exposição do suplicio deveria despertar temor e refrear futuras infrações. No início do século XIX, os suplícios vão se extinguindo, dando lugar à era da sobriedade punitiva. Aí, a certeza de ser punido é que deve afastar o homem do crime e não mais o suplício. A pena se reveste na perda de um bem ou de um direito. Nesse sistema, aparentemente, não é mais o corpo o objeto da ação punitiva, é a alma, o homem incorpóreo. Agora, o castigo deve atingir o coração, o intelecto, a vontade, as disposições do delinqüente, com o fim de modificá-lo, trazendo-o à razão e ao perfeito convívio social. Mas punindo-se a alma, punir-se-á o corpo, pois este está inexoravelmente preso àquela. Com efeito, o corpo está diretamente imerso num ambiente econômico, político e de poder, que o submetem conforme os interesses estratégicos do Estado, de modo a