O contrato social segundo Jean-Jacques Rousseau
O contrato social segundo Jean-Jacques Rousseau
Goiânia, 1 de julho de 2014
Introdução
Jean-Jacques Rousseau, nascido na suíça no século XVIII, foi um dos expoentes do movimento iluminista. Respeitado teórico e filósofo, também teve reconhecimento em outras áreas, como na música e na literatura, sendo considerado um dos influenciadores do romantismo.
Suas principais obras são escritas durante seu período na França, grande centro não só do iluminismo como de grande parte da produção intelectual da época. Com opiniões que iam contra a moral e os costumes da sociedade em que vivia, fora fortemente perseguido, tendo, inclusive, obras queimadas e sofrido pesada censura.
“Do contrato social”, obra de mais reconhecimento do autor, publicada em 1762, procura explicar e propor a questão que dá título ao livro e que já fora até então tratada por outros autores, como o inglês Thomas Hobbes.
Considerada por muitos como a “Bíblia da revolução francesa”, por expor as noções de liberdade, igualdade e fraternidade (Liberté, Egalité, Fraternité), Do contrato social propõe uma solução para um problema apresentado pelo autor em uma obra antecedente: Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens.
“O homem nasce livre, porém, por toda parte, encontra-se sob os grilhões”
Essa frase, que dá abertura ao primeiro capítulo do Contrato social, representa a questão tratada em seu segundo discurso (Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens) e de fundamental importância para o entendimento de sua obra posterior.
São apresentados conceitos como “estado de natureza” e “estado civil”, em que ambos são descritos e relacionados. É demonstrado também o que proporciona a transição do primeiro para o segundo. Outro ponto importante são as definições de desigualdade natural, que não é o foco do estudo do autor e a desigualdade moral ou política, que, por ser originada