O Continente Africano e a Aldeia Global
Esse termo é muito utilizado como referência à globalização, a uma nova visão de mundo e às comunidades conectadas entre si, através de avançadas tecnologias de comunicação e transporte. O termo foi criado na década de 60, pelo professor de Comunicações da Universidade de Toronto, Herbert Marshall Mcluhan.
Mcluhan considera que a informação trocada de forma virtual e eletrônica permite superar distâncias geográficas e permitir trabalhos remotos entre pessoas, empresas e governos. A aldeia global e seu potencial comunicativo desfragmentam espacialmente as sociedades, o que permite que um acontecimento ocorrido numa região do planeta afete a opinião pública em outro continente distante.
Na verdade, trata-se mais de um conceito filosófico e utópico do que real. Como afirmam muitos teóricos daglobalização e alguns críticos do conceito que aqui discutimos, o mundo está longe de viver numa "aldeia" e muito menos global: o conceito de aproximação das pessoas numa aldeia, em que todos se conhecem e participam na vida e nas decisões comunitárias não se coaduna com a idéia de sociedade contemporânea. Além disso, partindo da idéia que o mundo está, de fato, interconectado, não deixa de ser verdade que, nesta aldeia, de nome tão utópico e otimista, muitos são os excluídos (basta lembrar o número de habitantes ligados à internet em algumas regiões africanas).
Para termos uma idéia deste conceito, é preciso, pois, lembrarmos a sua ambivalência: por um lado, saber que parte do pressuposto de uma maior aproximação entre as pessoas e da conseqüente necessidade de uma responsabilidade e responsabilização global; por outro, saber que é um conceito exclusivo e, como tal, excludente.
Apesar da bipolaridade entre URSS e EUA, o “american way of life” norte-americano ganhou força em todo mundo, abrindo portas para a padronização de produtos em escala mundial. A partir da década de 50, os estudos e trabalhos em marketing passaram a se