O conflito entre Israel e Palestina
Árabes e judeus enfrentam-se há quase meio século. A constante tensão no Oriente Médio, sobretudo depois da fundação do Estado de Israel em 1948, é um dos principais problemas do mundo contemporâneo.
Antecedentes
Desde o final do século XIX, o movimento político sionista reivindicava a criação de um Estado para o povo judeu – disperso em várias partes do mundo – no território da Palestina, de onde foi expulso pelos romanos no século II d.C.
No século VIII, a população árabe se assentou na terra palestina e o território passou a ser parte do Império Islâmico e, mais tarde, do Império Turco-Otomano. Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Turco desapareceu e suas possessões no Oriente Médio passaram ao controle europeu. A Palestina ficou sob domínio britânico.
Em 1917, o Reino Unido proclamou a Declaração de Balfour, pela qual se comprometia a favorecer a criação de um Estado judaico na Palestina. Isso propiciou a imigração em massa de judeus para a religião: entre 1922 e 1940, a população judaica no território cresceu em 11% para 30%. Terminada a Segunda Guerra Mundial, quando foi descoberto o genocídio praticado pelos nazistas, a opinião pública mundial inclinou-se para a formção do Estado de Israel. O Rino Unido, porém, ao sentir seus interesses ameaçados, freou a imigração judaica e favoreceu a criação da Liga Árabe, em 1945. Organizou-se, então, uma milícia judaica que, ajudada por grupos terroristas, multiplicou os atentados contra britânicos e palestinos.
Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu dividir a Palestina em dois Estados: um judeu e outro árabe-palestino. A cidade santa de Jerusalém manteve-se sob controle internacional. Em 1948, com o apoio dos Estados Unidos, o Estado de Israel foi oficialmente proclamado. Muitos palestinos, desalojados de suas terras, tiveram de viver em campos de refugiados organizados pela ONU.
Como resposta, uma coalizão árabe tratou de