O conceito de infância

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Ao olhar para a criança na sociedade contemporânea, percebe-se que ela recebe muita atenção dos adultos, sendo alvo de certa preocupação quanto a sua educação, saúde e bem estar. Entretanto, a razão disso é a sombra do adulto que será futuramente. Os pais, tutores e o governo, cuidam e educam as crianças de acordo com o que desejam obter como “produto final”. Por exemplo, o governo brasileiro está a cada dia investindo na educação de forma que os pequenos adultos não desenvolvam o pensamento crítico e não se voltem contra a administração. Dessa forma, os pais pertencentes às classes mais favorecidas, se recusam a deixar seus filhos à mercê do Estado e os colocam em escolas particulares na expectativa de um futuro promissor. Mesmo sendo uma preocupação visando o que realmente importa, que é o adulto, ela existe. Diferentemente do período anterior ao século XII em que o infante não era visto como um indivíduo com peculiaridades. Pode-se definir a infância nessa época, como uma espera para a adesão às práticas adultas. Só com o Renascimento é que novas concepções de como a criança deveria ser cuidada surgiram. Porém, ela só passa a ser reconhecida com suas singularidades e portadoras de seus próprios sentimentos no século XVII. Essa individualização do ser permitiu o desenvolvimento de uma noção coletiva, um mundo próprio dos pequenos.
O que juntamente com a preocupação dos pais para com a educação dos pais possibilitou/favoreceu o surgimento da instituição escolar que transmitia o “conhecimento” de forma totalitarista. Assim como há reflexos desse pensamento nos dias atuais, por volta do século XVIII, o infante, apesar dos avanços nos estudos sobre esse período da vida, era visto como um ser sem conhecimento e que devia ser preenchido, para que fosse um adulto bem sucedido. Apesar disso, na contemporaneidade, é visto como um indivíduo capaz de influenciar diretamente as escolhas e ações daqueles que os rodeiam. Vale ressaltar que, nas camadas mais

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