O comercio Mundial e a construção de uma malha global
A reunião de Potsdam, na Alemanha, começou dia 21 e devia prolongar-se até dia 24, com o objetivo de criar condições para uma possível base negocial entre o Brasil, Índia, União Europeia (UE) e Estados Unidos, denominado por G4, com vista a dar um impulso à Ronda de Doha para a liberalização do comércio mundial, que se encontra suspensa desde 24 de Julho de 2006.
As diferenças insanáveis continuam a ser as subvenções agropecuárias que os Estados Unidos e a UE querem continuar a manter para os seus produtos, enquanto os países de economias emergentes, como o Brasil e a Índia, e os países em desenvolvimento, exigem o cumprimento das promessas dos países industrializados de permitir uma abertura dos mercados a estes produtos Os países industrializados pedem, em contrapartida uma liberalização dos mercados para os seus produtos industriais e serviços.
O crescimento do comércio mundial pode cair para 4,5% em 2008 - contra os 5,5% verificados em 2007 - porque a desaceleração econômica nos países desenvolvidos só será compensada em parte pelo forte crescimento nas economias emergentes.
O comércio mundial cresceu 8,5% em 2006, mas caiu a 5,5% em 2007.
Segundo o relatório, a turbulência no mercado financeiro, que reduziu consideravelmente as perspectivas de crescimento para muitos dos países desenvolvidos, prejudicou as perspectivas para o comércio mundial neste ano. Para esse grupo de países, a expectativa é de um crescimento de 1,1%.
Já para os países em desenvolvimento, a OMC projeta um crescimento superior a 5%. "Isso pode resultar em um crescimento mundial de 2,6% e em uma expansão do comércio mundial em cerca de 4,5% em termos reais, descontada a inflação", afirma o órgão no documento.
Cresce a incerteza sobre durante quanto tempo os países em desenvolvimento poderão manter um ritmo forte de crescimento econômico frente a uma demanda em queda nos maiores mercados desenvolvidos e às crescentes