o cinema de gênero
TERRA DOS SONHOS
Matheus Mendes da Costa de Paula
RESENHA DO TEXTO:
NACACHE, Jacqueline. Hollywood, terra dos gêneros; Bigger than life: a superprodução. O Cinema Clássico de Hollywood. Cidade: Texto & Grafia, 2012.
Quando ouvimos falar em Hollywood, logo pensamos em atores e atrizes famosos, filmes de elevados orçamentos, superproduções e os chamados blockbusters. O que não é de se questionar, uma vez que foram de lá que nasceram várias das maiores obras-primas do cinema americano. Nesta lista, podemos citar nomes como o clássico natalino, A Felicidade não se compra (Frank Capra, 1946), o romance dramático de Fleming, O vento levou (Victor Fleming,1939), o conhecido musical Cantando na chuva (Stanley Donen, Gene Kelly, 1952) e Cidadão Kane (Orson Welles,1941). Mas todo esse polo imponente que se tornou Hollywood, não surgiu da noite para o dia. Houve uma série de transformações ao longo do tempo para que se chegasse no que conhecemos hoje, que vão desde o cinema de gêneros até o cinema de autor, saindo da limitações de quatro paredes dos estúdios e indo para o céu aberto do mundo. Partindo dessa ideia, Jacqueline Nacache, nos mostra em seu livro como se deu a ascensão e o declínio do cinema de gêneros e como as superproduções se tornaram símbolo de Hollywood. No primeiro momento, nos é deixado explícito que não se pode isolar por completo, um filme em determinado gênero, pois “um gênero contamina o outro”, fazendo com que aspectos atribuídos a um determinado estilo, faça parte da composição de um outro totalmente diferente, o que acaba por dificultar essa categorização. Essa questão se torna bem clara no trecho citado, em que se levanta questionamentos em torno dos filmes Agarrem essa loira (George Cukor, 1960) e A fuga sem rumo (David Miller, 1962), sobre as suas respectivas classificações:
[...] o western contém frequentemente momentos de canto (entre inúmeros exemplos, as canções de Chihuahua e o baile de A Paixão dos