O ciclo de vida das rãs
O ciclo de vida das rãs, como na maioria dos anfíbios, inicia-se na água; esses animais mantêm uma estreita relação com o ambiente aquático durante boa parte de sua vida. Para se reproduzirem preferem pequenas lagoas ou poças d'água, onde darão origem aos girinos. Para que as rãs reproduzam, deverão atingir a maturidade sexual e estar em ambiente com condições propícias.
Quando as rãs atingem a maturidade sexual, inicia-se o cortejo nupcial, isto é, o macho delimita o seu território e canta para atrair a fêmea. Durante a reprodução da rã-touro, o acasalamento ocorre com o casal semi-submerso, algumas vezes apoiando-se no fundo ou na vegetação, mantendo as narinas e os olhos na superfície. O macho abraça a fêmea pelas costas, fixando-se na região axilar e comprimindo-a. Simultaneamente e em ritmos compassados, o casal libera os gametas e distendem as patas para espalhar a desova pela superfície. Neste momento, ocorre a fecundação dos óvulos pelos espermatozóides.
Após a fecundação, o ovo inicia seu desenvolvimento de embrião para larva que apresenta botão caudal, batimentos cardíacos e brânquias externas (início). Gradativamente, começa a crescer e a se modificar; as brânquias passam a funcionar dentro do corpo, permanecendo a abertura do sifao lateral, por onde ocorre o fluxo da água, que entra pela boca e passa pelas brânquias, possibilitando a respiração. Nesta oportunidade, a larva modifica a forma do corpo e ganha a denominação de girino. O girino passa então por um processo fisiológico contínuo, denominado metamorfose, que consiste na modificação da morfologia e fisiologia das rãs, para possibilitar a sua sobrevivência no ambiente terrestre. É subdividida nas fases pro-metamorfose, pré-metamorfose e clímax. Entretanto, pode ser dividida nos seguintes estádios:
G0- Primeiros dias de vida (até 1 grama), se alimenta de microorganismos (bactérias, fungos, algas) flutantes (planctônicos) ou aderidos na vegetação e outros substratos