O ciclo da vida
CONCEPÇÃO
O nascimento, a maturidade, a reprodução e a morte são quatro crises básicas e universais no ciclo completo da vida.Todos os indivíduos que realizam seu destino biológico devem passar por cada um destes clímax no ciclo da vida.Em nenhuma cultura humana estes períodos são completamente ignorados, entretanto, eles podem ser encarados e vencidos com diferentes graus de intensidade.Alguns povos tratam as crises vitais como algo natural, porém, outros mostram muita angústia, neste caso, dá-se considerável ênfase cultural à situação de crise.
O ciclo vital começa com a concepção, porém, nenhum povo originário tem um conhecimento cientificamente preciso da natureza da concepção.
A maioria dos povos originários podem reconhecer as sequencias causais com suficiente agudeza para poder associar o ato das relações sexuais com a concepção. Alguns são bastante inteligentes para reconhecer que o sêmen masculino desempenha uma função na geração da vida, porém, a noção ingênua de que o homem planta a semente , que a mulher alimenta, é a mais aproximada que os seres originários podem conceber.
Entre os povos originários existe uma crença de que um recém-nascido é a reencarnação de um espírito antepassado que se introduziu no útero da mulher para ser regerado, passando esta crença pela Austrália como um dogma. Os nativos desta região negavam qualquer relação entre o ato sexual e a concepção.
A adoração dos antepassados e o totemismo são temas importantes na cultura aborígene australiana, onde acredita-se que a continuidade do grupo é mantida por meio da doutrina da reencarnação espiritual. Dar expressão ao fato da paternidade fisiológica seria minar de maneira subversiva as instituições sagradas da vida social australiana.
Os Ilhéus matrilineares da ilha de Trobriand dizem que o homem não desempenha nenhuma função na concepção, antes, afirmam que o espírito de um antepassado do clã entra no útero quando a mulher está passando por dentro da