O Cavaleiro da Fé - Kierkegaard
“Há uma suspenção teleológica da ética?”
TEMOR E TREMOR:
“Há uma suspenção teleológica da ética?”
Sören Aabye Kierkegaard, dinamarquês, foi o pai da corrente filosófica chamada Existencialismo. A filosofia de Kierkegaard é voltada para o sentido último da existência!
A reflexão de Kierkegaard (1813 – 1855), em Temor e Tremor – de 1843, avalia seus conceitos de fé e cristianismo.
Ele viveu a sua primeira infância ao lado do pai, que insistia na devoção religiosa e em ensinar-lhe valores morais, de condutas rígidas, dentro dos princípios ortodoxos da Igreja Luterana. Kierkegaard ingressou no curso de Teologia na Universidade de Copenhague, e conheceu o racionalismo de Hegel.
Kierkegaard denuncia a racionalidade moderna, e nos convida a vivermos a fé intensamente, como meio de aproximação e devoção ao Absoluto. O ideário de Kierkegaard contestava a burocratização da Igreja luterana, e o afastamento da verdadeira religiosidade de cada cristão. Ele não aceitava os desvios entre a “natureza introspectiva da fé cristã” e a “alienação política e social” que a Igreja impunha.
O cristianismo que o pai lhe ensinara baseou-se na angústia e no desespero da obsessão do pecado original. Na busca de um sentido religioso interior, Kierkegaard foi se transformando em filósofo solitário, usando a própria existência para compreender o sentido último da existência humana.
Através dessa solidão voluntária, Kierkegaard voltou-se para a Bíblia, analisando e internalizando o sentido existencial, que tem o seu ápice na fé! De acordo com Farago (2006), a lição do cristianismo, para Kierkegaard, anula o mundo das imediaticidades espiritual e religiosa. O isolamento de Kierkegaard desenvolvera-o intelectual e filosoficamente.
Para Kierkegaard o “ato de escolher” era uma das ideias principais em sua filosofia. Assim, não haviam razões lógicas que obrigassem o homem à uma determinada maneira de viver, já que a existência humana é