O caso execução na orla
O crime ficou conhecido em Macapá como “execução na orla”, em razão do local do crime. Gemaque foi executado aos 37 anos, com dois tiros, quando festejava justamente outro bom resultado de seu time do coração no Campeonato Brasileiro. O acusado, José Renildo Carvalho da Costa, torcedor fanático do Fluminense – campeão daquele ano -, na época era tenente da Polícia Militar (PM). Um ano depois, ele está preso. Porém, mesmo já tendo sido expulso da corporação, continua preso no quartel, por força de uma liminar, o que causa a indignação dos parentes da vítima.
“Sinto muito a falta dele. Meu filho perguntou no dia do aniversário pelo pai (o garoto completou três anos na última semana), e eu tive que dizer pra ele que o Emerson não viria, mas estaria presente em espírito. É uma dor que não vai sarar, eu amava e ainda o amo muito”, chora Rose Daiane, viúva de Gemaque. Ela contou que tem sido muito complicado conviver com a ausência do marido. Após o crime, teve que mudar da casa onde viveu 10 anos casada com a vítima, pois as lembranças só agravavam a situação. Rose e os quatro filhos do casal vivem hoje com a renda da pensão deixada com a morte de Gemaque, que era funcionário da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).
“Foi um ano difícil para toda a família. Tivemos uma luta muito grande, mas ainda não terminou. Minha mãe chora todos os dias. Meus sobrinhos sofrem com a ausência do pai. A época mais complicada é quando tem uma festa, como a de fim de ano. Quando o Corinthians ganhou no domingo, foi