O caso dos exploradores de caverna
Na introdução do livro “O caso dos exploradores de cavernas” o tradutor expõe o seu ponto de vista sobre o desafio de se estudar Direito, não obstante ressalta a sua imensa valia para os que iniciam o estudo dessa ciência, que contribui para a consolidação e complementação do conhecimento teórico. Acentua que seja necessária a vinculação da dogmática jurídica à pesquisa em geral, ou seja, bases filosóficas, políticas e históricas que perpetuem e contribuam para o satisfatório entendimento jurídico.
Cinco membros da Sociedade Espeleológica após ficarem soterrados em uma caverna sem pespectiva de resgate imediato resolvem realizar um sorteio para sacrificar a vida de um do grupo para que os demais possam sobreviver. Após o resgate foram condenados, em primeira instância, à morte pelo assassinato de Roger Whetmore. Em segunda instância, foram analisados por quatro juízes.
PRESIDENTE TRUEPENNY, C.J apresenta uma posição à favor da condenação dos acusados, apoiando o júri e o juiz em sua decisão, argumentando que a essência do texto da lei deveria ser considerada. “Parece-me que, decidindo este extraordinário caso, o júri e o juiz de primeira instância seguiram um caminho que era não somente correto e sábio mas, além disto, o único que lhes restava em face dos dispositivos legais.” (p.8)
JUIZ FOSTER, declara-se contrário a declaração exposta pelo presidente, afirmando que se a lei que é levada em conta ao analisar o caso em questão traz soluções que evidenciam sua severidade e inércia, necessitando aos solicitantes da petição a apelação junto ao chefe do executivo, conclui-se que essa lei não promove justiça.
Pois, para que nós sustentemos que a lei que fazemos observar e enunciamos nos compele a uma conclusão da qual nos envergonhamos e da qual apenas podemos escapar apelando