O Caso da Vara
Lembrou-se do padrinho, João Carneiro, mas o padrinho era um moleirão sem vontade, que por si só não faria coisa útil.
Sem saber o que fazer , teve uma idéia ir a casa de Sinhá Rita
Sinhá Rita era uma viúva, querida de João Carneiro; Damião tinha umas idéias vagas dessa situação e tratou de a aproveitar. Onde morava? Estava tão atordoado, que só daí a alguns minutos é que lhe acudiu a casa; era no Largo do Capim.
Damião acabava de entrar espavorido; no momento de chegar à casa,vira passar um padre, e deu um empurrão à porta, que por fortuna não estava fechada a chave e nem ferrolho.
-Mas o que é isso, Sr. Damião?
Bradou novamente a dona da casa, que só agora o conhecera.
Já lhe digo; não pratiquei nenhum crime, isso juro, mas espere.
Damião, trêmulo, mal podendo falar, disse que não tivesse medo, não era nada; ia explicar tudo.
Enquanto o rapaz tomava fôlego, ordenou Lucrécia trabalhasse que trabalhassem, e esperou.
Damião então explicou o que estava acontecendo e pediu a Sinhá Rita que o salvasse.
-Não,não me meto em negócios de sua família, que mal conheço; e então seu pai, que dizem que é zangado!
Damião viu-se perdido. Ajoelhou-se-lhe aos pés, beijou-lhe as mãos, desesperado.
Ele pedia por tudo pelo amor de Deus, pelo que a ela tinha demais sagrado, pela alma de seu marido
Sinhá Rita, lisonjeada com as súplicas do moço, decidiu que iria ajudá-lo
Chamou uma criança que