O capote

A obra “O Capote” muito remete ao preconceito e discriminação estudados na matéria psicologia jurídica, onde um funcionário de uma repartição pública, Acaqui Acaquievich é completamente rejeitado pela sociedade por sua forma de vestir, com seu capote velho e rasgado. Conforme pudemos observar ao longo de toda a obra de Nicolai Gogol, Acaqui era um homem infeliz, de poucas possibilidades, era um homem de pouca coragem, acostumado com a mesmice se sua vida cotidiana, não tinha perspectivas de futuro, nem vontade de crescer, apenas sobrevivia com o passar dos dias. Passava todo o tempo em prol da única coisa que sabia fazer, escrever. Quando finalmente recebe das mãos do alfaiate, após muito economizar, um novo capote, recebe também nova vontade de viver, esperança de ser inserido na sociedade, ser visto como o ótimo profissional que era, participar de festas e reuniões com seus colegas de repartição, o que de fato aconteceu, tudo mudou na vida de Acaqui quando o recebeu o seu capote novo das mãos do alfaiate, ele por algum tempo foi visto por todos não somente como o funcionário que eles debochavam, mas como um novo homem, munido de elegância, os colegas o viam como um funcionário igual a eles. Apesar de Acaqui Acaquievich saber que eles apenas se interessaram pela figura dele pelo fato da sua nova vestimenta, pouco se importou, decidiu que deveria conhecer outro lado da vida que levava. Infelizmente, essa nova perspectiva, pouco durou. Quando o capote é roubado, é levado dele também a esperança de ter uma nova vida, conviver no mundo que havia descoberto naquela noite, continuar sendo visto pela sociedade com outros olhos, com olhos de um cidadão comum. O preconceito mostrado pelos policiais após o roubo do capote é a perfeita imagem de como a pessoa sem possibilidades é vista pela sociedade, as autoridades que deveriam ajuda-lo, ao contrário fizeram, trataram-no como se nada significasse para o mundo. Não deram atenção ao seu problema, aquele capote