O Capitalismo
Há uma contrastante diferença entre o produtor simples de mercadorias e o capitalista de fato. A principal divergência entre os dois tipos de “assalariados”, é que o primeiro não obtém lucro a partir de seu meio de produção, como é exemplificado na relação entre o motorista de taxi e seu carro. Os produtores simples de mercadorias não obtêm lucros pois a competição entre eles pré-determina um valor para seus produto.
Parte-se de tal situação envolvendo motoristas de taxi e donos de frota para definir o conceito de capital. Capital, segundo Singer, é um valor que se valoriza, uma riqueza investida para proporcionar mais riqueza ao investidor. Mas para que determinada soma de riquezas seja fato considerada capital, certas condições devem ser atendidas:1. O dinheiro deve funcionar como o equivalente geral da riqueza;
2. Meios de produção são colocados à venda, como mercadorias;
3. Os trabalhadores vendem sua força de trabalho.
Capital é, então, a contínua transformação do valor através do processo de produção e de circulação. Na produção, o valor-capital se valoriza; na circulação, se realiza. O capital pode também ser tomado como uma relação onde proprietários contratam a força de trabalho de não proprietários para poder gerir mais riqueza.
Independente de se tratar de um produtor simples de mercadorias ou de um capitalista, a forma física da mercadoria é indiferente, assim como seu valor de utilidade, importando apenas a receita monetária que pode ser obtida com sua venda.
O capitalista calcula o preço da mercadoria de modo que cubra os custos e obtenha o lucro almejado a partir da multiplicação do preço pela quantidade de mercadorias vendidas durante o ano. O lucro então ocorre da diferença entre o valor da produção e o custo da produção, que é incluída no preço de cada mercadoria.
A influência do capitalista sobre o preço de diferentes produtos pode gerar diferentes consequências. Ao aumentar o preço, seu lucro pode se tornar maior, mas