o cangaço
Lampião por Queiroz
A obra Lampião assemelha-se a um quadro expressionista da figura de Lampião. Em vez de imprimir, de fora para dentro, no texto a imagem que tinha do cangaceiro, Rachel exprimiu, com suas palavras, o sentimento que lhe despertava a história de vida do homem Virgulino. Porém, há algo a ser criticado na peça, a escassez de tempo que é dado ao público para que participe emocionalmente da ação. Prado (2001, p.94) afirma que:
De repente um cangaceiro qualquer, mal delineado psicologicamente, desconhecido da plateia, vem ao primeiro plano, revolta-se e Lampião o mata, antes que tivéssemos tempo de tomar pé no assunto [...] de participar emocionalmente da revolta e do crime.
Mas isso não tira o mérito da grande Jornalista, cronista, romancista e dramaturga que foi Rachel de Queiroz, nem de sua peça Lampião. O estilo da autora é inconfundível. O Lampião de Queiroz em muito se assemelha ao imperador do sertão que se conhece hoje. Apesar de seus atos violentos, tinha também um lado humano e