O campones e a cobra

Esses 13 capítulos abordam de forma simples e detalhada todos os artifícios da arte pra compor poemas e ensina como compor e interpretar uma poesia. Analisando os aspectos sonoros, ritmo métrico, metafórico, trata-se de uma obra simples e, sobretudo, que permite estudar e ter uma base sobre o assunto. “Nos textos comuns, não literários, o autor seleciona e combina as palavras geralmente pela sua significação. Na elaboração do texto literário, ocorre uma outra operação, tão importante quanto a primeira: a seleção e a combinação de palavras se fazem muitas vezes por parentesco sonoro. Por isso se diz que o discurso literário é um discurso especifico, em que a seleção e a combinação das palavras se fazem não apenas pela significação, mas também por outros critérios, um dos quais, o sonoro. Como resultado, o texto literário adquire certo grau de tensão ou ambiguidade, produzindo mais de um sentido. Daí a plurissignificação do texto literário.”(p.5) Ela demonstra muito bem o que é um texto literário e um texto não-literário: um texto literário é aquele em que se selecionar e combinar palavras não só pela significação mas também pelos aspectos físicos da estrutura do poema. E um texto não-literário é aquele que também se seleciona combinar palavras, e além de que explica outros aspectos interessantes os quais são facilitam a interpretação de um poema e poesia. “As noções de “metro”, “verso” e “ritmo” estão estreitamente ligadas em nossa tradição literária. As leis de metrificação ou versificação apresentam as normas a serem seguidas, estabelecendo esquemas definidos para a composição de verso. No sistema silábico ou acentual, elas determinam a posição das silabas fortes em cada tipo de verso.”(p.11) Nestes capítulos ela introduziu uma explicação interessante segundo Goldstein, à vida das pessoas dos séculos passados era mais padronizada e calma então os antigos poetas escreviam de forma padronizada. É incrível como há tantas possibilidades para