O Brasil sertanejo
FACULDADE DE DIREITO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA JURÍDICA
PROFESSORA: MARCELA GOMES
ALUNA: FERNANDA CUNHA
RESUMO DO CAPÍTULO 4 DA OBRA O POVO BRASILEIRO, DE DARCY RIBEIRO
CAPÍTULO 4 – O BRASIL SERTANEJO
O autor inicia localizando geograficamente o sertão nordestino, que começa pela “orla descontínua ainda úmida do agreste”, prosseguindo com “as enormes extensões semi-áridas das caatingas”. Descreve, em seguida, a vegetação comum: “é pobre, formada de pastos naturais ralos e secos e de arbustos enfezados que exprimem em seus troncos e ramos tortuosos, em seu enfolhamento maciço e duro, a pobreza das terras e a irregularidade do regime de chuvas”.
Em seguida, Ribeiro analisa a economia sertaneja, dizendo que ela foi sempre pobre e dependente (subsidiária) da economia açucareira, através da pastagem de gado introduzido no Brasil pelos portugueses, trazidos das ilhas de Cabo Verde. Os primeiros lotes de gado foram instalados no agreste pernambucano e na orla do recôncavo baiano – distanciados dos engenhos para não prejudicar os canaviais, que era a economia principal. As criações seguiam pelo São Francisco até o sul e ao Maranhão e Piauí. Os criadores compravam o gado, mas recebiam as terras da Coroa em regime de sesmarias.
No início da economia pecuária, os grandes proprietários de terras eram os senhores de engenho da costa, que tinham essa economia como uma atividade de apoio. Só depois se tornou uma atividade especializada de criadores de gado, que se tornaram os maiores latifundiários do Brasil.
Os currais só podiam se instalar junto aos lugares onde havia fonte ou poços de água (aguadas) permanentes e não distante dos barreiros naturais – para que o gado satisfizesse sua fome de sal, essas sesmarias tornaram-se imensos pedaços de terra. Cada uma dessas terras, possuía vários currais, que estavam entregues aos vaqueiros. Estes faziam seu serviço, pegando uma rês para cada três que marcavam para o dono. Dessa