O brasil nas cortes
Após a partida de dom João, dois partidos haviam se formado: o Brasileiro e o Português.
O Brasileiro era anticolonialista e defendia a manutenção do livre comércio; o Português lutava para que o Brasil se mantivesse subordinado a Portugal. Havia também os liberais radicais, que exigiam mudanças na sociedade brasileira e a abolição da escravidão. Combater as ideias desses liberais era o que faziam tanto o Partido Brasileiro quanto o Partido Português.
Em agosto de 1821 os primeiros deputados que foram eleitos para representar o Brasil nas cortes, começaram a chegar a Portugal. As elites brasileiras tinham a ilusão de que seria possível alcançar a Independência pela via legal. Não foi o que aconteceu. Em minoria, os deputados brasileiros perderam a luta parlamentar.
A Ruptura: o Fico
Após a derrota dos deputados brasileiros em Lisboa, as Cortes passaram a pressionar o príncipe regente dom Pedro para que voltasse a Portugal. Mas sua permanência no Brasil era considerada fundamental, pois dom Pedro era a garantia de uma Independência suave, livre de conflitos. Ao mesmo tempo, dom Pedro representava a permanência do vínculo entre Brasil e Portugal, o que tranquilizava os portugueses da colônia.
Em dezembro de 1821, as Cortes exigiram a imediata volta de dom Pedro, o jovem então deu início aos preparativos para a viagem. Inconformados com a notícia da viagem, os brasileiros fizeram um abaixo-assinado pedindo sua permanência no Brasil, que fora entregue a dom Pedro em nove de janeiro de 1822 pelo presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Dom Pedro decidiu ficar no Brasil, mandando divulgar a seguinte declaração: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”.
Este episódio que ficou conhecido com o Fico, marcou a ruptura oficial do regente com