O Brasil de 2013 Futebol, samba, humor irreverente e gente bonita são apenas alguns dos pontos que caracterizam o país da próxima Copa do Mundo. O país da fartura, das mulheres com corpos esculturais, das paisagens paradisíacas, da rica e única fauna e flora da floresta amazônica e onde os desastres naturais são mínimos e pouco frequentes. Um povo que abriga de braços abertos todas as etnias, raças, cores e religiões. Que descrição fantástica para um país não é? Motivo de orgulho seria, se fosse tudo exatamente assim. O Brasil vive hoje uma realidade semelhante a da década de 1968, quando o povo foi às ruas protestar em oposição à ditadura vigente. Na televisão, no rádio, na internet, nos jornais brasileiros e até estrangeiros, a notícia principal é: “Brasil, um gigante que acordou!”. Os protestos iniciaram no estado de São Paulo, a partir de um aumento de R$ 0,20 da tarifa dos ônibus, trens e metrôs. Entretanto, foram estes centavos a mais que desencadearam uma onda de manifestações, não apenas em São Paulo, mais em todo país. Os R$ 0,20 foram apenas a gota d’água em relação a condição que o povo brasileiro vem enfrentando nos últimos tempos. A ausência de investimentos estatais nas áreas da saúde e educação, são apenas algumas das indignações do povo, que questiona os altos investimentos efetuados a Copa das Confederações deste ano e a Copa do Mundo para o ano de 2014, sediadas em nosso país. Enquanto são gastos bilhões de reais em eventos para impressionar os turistas e países estrangeiros, são empurrados para debaixo do tapete, realidades precárias como o nosso sistema de educação e saúde. Realidade um tanto diferente da qual foi apresentada no início. É lamentável julgar a nossa própria terra de maneira tão brusca, porém necessária. Este é o nosso país, esta é a nossa realidade atual. Um povo alegre, acolhedor, que tem por paixão o futebol, mas que também vai a luta, batalha e que esta farto de dar a cara para bater e trabalhar duro apenas para pagar