O BRASIL DA COPA
Expectativas e realidade em desacordo com as promessas para a realização da Copa do Mundo no Brasil. Dotado de uma gama muito ampla de paisagens, oferecendo destinos agradabilíssimos sejam eles praia ou montanha, cidade ou campo, repleto de atrativos naturais ou culturais, o Brasil, um país de dimensões continentais e o que se intitula o mais apaixonado do mundo por futebol, é potencialmente turístico e receptivo para qualquer evento de grande porte. Num dos verões mais quentes dos últimos anos, a população da maior parte do país sofre com o despreparo para enfrentar adversidades, até mesmo as climáticas. Há falta d’água e nada é feito para amenizar ou solucionar isto há muito tempo. As pessoas carecem de educação básica para enfrentar os desafios do dia-a-dia e conhecimento para a geração de soluções criativas para garantir até mesmo sua sobrevivência. Faltam também professores; há muito eles não são valorizados. Algumas pessoas descontentes com a situação em que se encontram decidiram expressar sua inconformidade nas ruas. Estes protestos vêm ocorrendo desde meados do ano passado, porém tomaram cores mais drásticas neste início de ano, atingindo várias pessoas, entre elas um jornalista, vítima fatal de um rojão atirado por integrantes do chamado “Black Blocks”, uma espécie de vândalos por encomenda, que usam de violência gratuita para descaracterizar protestos legítimos. Apesar disto o povo brasileiro espera ansiosamente pelo anestésico social esportivo anunciado pelo governo e pela FIFA. A ideia que foi vendida ao público de que a Copa do Mundo é a maior festa de futebol e deixará um legado de benefícios infraestruturais ao povo do país não dá demonstração de que se concretizará. Em um país sério e sem corrupção talvez. Os custos iniciais já ultrapassam os R$ 28 bilhões , e ainda falta muito a ser concluído. Dos 56 projetos de viabilidade urbana prometidos para a realização da Copa, somente 05 foram concluídos sendo todos de