O Bom Mestre
Certa vez, estudando em um seminário cristão, recebí de um professor a tarefa de explicar o porque de Jesus não ter aceitado para si a palavra “bom” proferida por um jovem muito rico e que foi ao seu encontro perguntando: “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?” (Lc: 23.18)
Depois de muitas pesquisas, parecia que nada satisfazia a profundidade da resposta exigida. Muitos argumentos, teses, pensamentos teológicos e nada. Mas um dia, orando ao Senhor sobre esse assunto, veio uma resposta em forma de parábola ao meu coração, e dizia o seguinte:
“Uma grande e antiga cidade, rodeada de muros de pedras altos e firmes a protegê-la, tinha um rei muito rico e poderoso. Um dia o rei resolve caminhar pelas ruas de sua cidade e vai encontrando pessoas muito pobres sentadas pelas calçadas, pedindo esmolas. Ao retornar para o seu palácio, muito entristecido, chama o seu servo de maior confiança e dá-lhe uma ordem:
-Quero que pegue uma boa parte de meus bens, e distribua aos necessitados que vivem no meu reino.
E assim foi feito. O servo saiu a distribuir ajuda aos necessitados cujos rostos brilhavam de alegria. Tudo mudou naquela cidade. Com os recursos recebidos muitos começaram a prosperar, a investir, a ter uma nova perspectiva de vida.
Passado um certo tempo, o servo do rei estava a andar em seu cavalo pelas ruas da cidade. Por onde caminhava, as pessoas iam se juntando para saudá-lo, aplaudindo e gritando:
-Esse homem é bom. Esse homem é muito bom...”
Veio a mim uma pergunta: “Quem é verdadeiramente o homem bom nessa estória, o servo que distribui a riqueza de seu rei, ou o rei que deu os seus bens para serem distribuídos ?
Compreendi, então, que como homem, Jesus estava cumprindo a vontade do Pai e O revelando ao mundo. Dava aquilo que tinha recebido do Pai, revelando-O através de sua própria vida.
Fiquei muito feliz em confirmar que o Espírito Santo de Deus é realmente o nosso melhor professor, que está sempre disposto a ajudar