O batismo cristão
O batismo de João Batista era um batismo que expressava o arrependimento pelos pecados, a decisão por uma vida nova (Marcos 1,4). Primeiramente João denunciava os pecados dos que dele se aproximavam e depois os batizava no rio Jordão. Quando Jesus se aproxima para ser batizado, não o faz por necessidade, mas por solidariedade: naquele instante ele assumia sobre si todos os pecados da humanidade. E naquela hora, com a revelação da Santíssima Trindade (o Pai que fala, o Espírito que surge em forma de pomba e o Filho que recebe o batismo) revela-se igualmente o batismo cristão: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Marcos 1, 9-11).
O batismo de João era na água: o batismo cristão é na água e no Espírito Santo, realiza transformação interior (Atos 19,1). O evangelho de Mateus traz as palavras desse sacramento ordenado por Cristo: “Eu te batizo em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28,19). Algumas Igrejas batizam “em nome do Senhor Jesus”, mas com o sentido de realizarem um ato sacramental segundo as palavras de Jesus. Em muitos casos, as Igrejas históricas aceitam essa forma batismal como válida.
O batismo cristão está indissoluvelmente ligado à Morte e Ressurreição do Senhor: através de seu sacrifício por nós, Cristo nos deu a salvação como dom, graça.
Ligado a esse tema, o Apóstolo Paulo compara o batismo com a sepultura: somos sepultados com Cristo e com ele ressuscitamos. Simbolicamente a pessoa entra pecadora na pia batismal e dela sai santa, renovada, pelo poder do Espírito (cf. Romanos 6, 4-7).
No início do Cristianismo o batismo era ministrado aos adultos após um tempo de preparação, de mudança de vida denominado catecumenato. Isso se entende, pois não havia famílias cristãs. Mas, já no século II