O Autor

José Martiniano de Alencar Júnior iniciou sua carreira literária em 1856, com a publicação do romance "Cinco Minutos", em folhetins. A publicação de "O guarani" rendeu ao romancista grande sucesso e tornou seu nome nacionalmente conhecido. Além de romanista também exerceu as funções de jornalista, político, advogado. Nascido no dia 1° de maio de 1829, na pequena cidade de Mecejana, no Ceará, passou a maior parte da adolescência na Bahia, formando-se em Direito e atuando como jornalista no Rio de Janeiro.
José de Alencar é fruto do relacionamento de um padre com uma prima. Deputado pela província do Ceará, o religioso José Martiniano de Alencar se engraçou com a prima Ana Josefina, “por fragilidade humana”, como ele próprio declarou no testamento. José de Alencar é o primogênito dos oito filhos que nasceram do casamento.
A característica principal desse escritor é o nacionalismo fundado em suas obras, nas quais evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileira, com tramas especialmente bem-sucedidas quando o autor transporta o seu povo fica ainda mais explícita através de relatos dos mitos, lendas, tradições, festas religiosas e usos e costumes nas páginas de suas obras, uma forma de o autor tornar seus textos cada vez mais caracterizados como “abrasileirados”.
Paralelo á literatura. José de Alencar foi um político atuante. De seu currículo consta a atuação como ministro da Justiça do gabinete do visconde de Itaboraí e ainda um prestigiado deputado do Partido Conservador, por quatro legislaturas. Todas as reformas pelas quais lutou propunham a manutenção do regime monárquico e da escravatura. Famoso a ponto de ser aclamado por Machado de Assis de “o chefe da literatura nacional”. José de Alencar morreu aos 48 anos, em 1877, no Rio de Janeiro, deixando seis filhos. Um deles Mário de Alencar seguiu a carreira de letras do pai.