O ASSUM PRETO E A EXCELÊNCIA
“Assum preto véve sorto mas num pode avoar mil vez a sina de uma gaiola desde que o céu, ai, pudesse oiar”
Imagem e ação contaminam a todos nós. Da caipirice paulista que me contamina até a profunda afetividade ligada aos ares juazeirenses, a canção de Luiz Gonzaga serve neste momento para um momento de imaginação. Imagem+ação, sim!
Sob a análise da psicologia organizacional vemos como rotina, costume ou até padrão aceito sem justificativas racionais plausíveis, diversos jeitos humanos de viver. Me refiro a um conjunto de comportamentos de colaboradores e mesmo dirigentes, que lembram o padrão “Assum Preto”: pessoas que vivem soltas, mas não descobriram o poder de ‘avuá’.
Desde garoto de calças curtas adorava ouvir a linda canção de Gonzagão e Teixeira, mas me aproprio da mesma para uma breve análise sobre repertórios comportamentais nas organizações. Um deles é a cegueira presente no dia-a-dia e as falas feitas cantos de dor (aqui entendida como: reclamações generalizadas, passividade, preguiça mental, fofocas, inveja, deturpações, etc..etc).
Tem profissionais que ainda revelam perfil comportamental equivalente ao ‘faz de conta’, outros já adotam a postura da “lei de Gerson” querendo levar vantagem em tudo; outros mais são como pacientes e indolentes ‘bichos preguiças’, temos também os ‘donos do saber’ agindo como que arrogantes doutores de verdades diante de tudo. Como diz Luiz Gonzaga, estas reações tenham como justificativa o paradigma: ‘tarvez por ignorança’.
Assim, por ignorarmos outras realidades, novos potenciais e situações, vamos imaginando e construindo realidades como se fossem reais e finais. Aí se instala ao que chamamos de ‘cegueira de Assum Preto’ ao nível de comportamentos, tanto pessoal, grupal e na organização como um todo.
Como exemplo, interessante observar a ‘cegueira” do serviço público chamado “Educação”. No passado as escolas públicas eram qualificadas como exemplares, com conceitos de alto