O assassinato de cristo
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Para Reich, o homem se defronta, através dos tempos, com a plena responsabilidade pelo assassinato de Cristo: pelo assassinato do vivo, qualquer que seja a forma sob a qual se apresenta. Esta é a verdade crua sobre o modo real como as pessoas são, agem e se emocionam.
Explora o significado da vida de Cristo e atribui o flagelo universal que causou sua agonia e morte à Peste Emocional da Humanidade. Diz que “Só num futuro distante, quando uma educação consciente tiver eliminado a forte contradição entre civilização e natureza, quando a vida bioenergética e a vida social do homem não mais se opuserem uma à outra, mas, ao contrário, apoiarem-se uma à outra e se complementarem, esta tarefa deixará de ser perigosa. Devemos estar preparados, pois esse processo será lento, penoso e exigirá muito sacrifício. Muitas serão as vítimas da peste emocional”.
Cita que toda criança que nasce contém em si a potencialidade para a plena realização, desde que a sociedade "não assassine o Cristo latente que existe em cada criança".
Para ele "A ciência do homem chegou mais perto da visão cósmica do homem na Cristandade, e a igreja teve de encarar as realidades plenas da vida. O livro de Renan sobre Cristo teve de ser publicado, e a psiquiatria teve de se apropriar da humanidade. À luz de tudo isso, podemos esperar que a igreja Cristã logo mude seu ponto de vista sobre o Amor de Cristo que é amor corporal. Não há outro caminho para a Cristandade senão o de mudar com os tempos".
Reich mergulha em um intenso, extenso e profundo diálogo com as concepções cristãs. O assassinato de Cristo é tomado como o paradigma da perseguição à “Vida”, por parte dos organismos encouraçados e frustrados. O livro cheio de citações da Bíblia, Reich assimila as idéias cristãs, adaptando-as às suas próprias teorias:
“Deus Pai é a energia cósmica fundamental, de onde toda a