O antigo regime (século xviii)
L.E.A. Espagnol / Portugais
O ANTIGO REGIME (século XVIII)
Bibliografía:
- José Tengarrinha, Os Movimentos Populares Agrários em Portugal (1751-1825), 2 vols., Lisboa,1994-1995.
- Albert Silbert, Le Portugal Méditerranéen à la fin de l'Ancien Régime, 2ème edição, Lisbonne, 1978, vol 1, pp. 79-156.
- Fernando de Sousa, "O rendimento das origens religiosas nos finais do Antigo Regime", Revista de História Económica e Social, n°17, 1981, pp. 1-27.
- Nuno Gonçalo Monteiro, O Crepúsculo dos Grandes. A Casa e o Património da Aristocracia em Portugal (1750-1832), Lisboa, 2003, parte III.
Três séculos depois do inicio da sua expansão marítima, no século XV, o pequeno reino da extremidade oeste da Península perdera boa parte do seu protagonismo internacional, mas, ao mesmo tempo, não deixava de se manter como cabeça de uma monarquia pluricultural, animada, ao menos no Atlântico, por um dinamismo talvez surpreendente. Desde finais do século XVII e inícios do seguinte muitos lhe apontavam características antigas, quer dizer, desfasadas das que definiam por essa altura os países de referencia da Europa. A partir de meados do século XVIII, a monarquia levou a cabo algumas reformas na tentativa de suprir esse desfasamento. Mas o essencial não mudou, pelo que, quando depois de 1820 se pensou em transformações drásticas e numa alteração efectiva do sistema político, os críticos do sistema existente começaram a referir-se-lhe como o "Antigo Regime", tal como já ocorrera em França depois de 1789.
A constituição fundária do Antigo Regime O ordenamento jurídico que enquadrava a posse da terra e a apropriação do seu produto durante o Antigo Regime era significativamente diverso daquele que veio a ser consagrado no mundo contemporâneo. As formas de apropriação do produto agrícola (como os dízimos, os laudémios, os foros, os censos, etc.) e as modalidades de repartição do domínio sobre a