O anarquismo
O Anarquismo defende um mundo sem governo centralizado, apontado como uma ideologia negadora dos valores sociais e políticos prevalecentes no mundo moderno: o Estado laico, a lei, a ordem, a religião, a propriedade privada etc.
Prega uma gestão profundamente individualista, com propostas contraditórias também aos ideais capitalistas. O modelo anarquista não deve ser confundido com o individualismo, pois se fundamenta na cooperação por parte da comunidade. De acordo com os pensadores anarquistas, o homem é um ser por natureza e pode viver em paz com seus semelhantes.
Origens do Anarquismo
O anarquismo surgiu por volta do século XIX, em um período de ascensão do movimento operário, entre as décadas de 40 e 70, quando a crise econômica afetava de forma drástica a economia do capitalista europeu, que teve seu inicio com a grande depressão de 1840, onde a fome e o desemprego aterrorizavam ainda mais a vida da classe trabalhadora.
O movimento começou na França, depois passou por Rússia, Itália até chegar ao Brasil já no fim do século XIX, trazido pelos espanhóis, portugueses, franceses e belgas.
Os movimentos anarquistas do século 20 promoveram a criação de núcleos comunitários denominados de "ateneus", para onde eram encaminhados os adeptos desta ideologia e que servia de aprendizagem e aperfeiçoamento intelectual.
No Brasil, a primeira experiência desse tipo foi a criação da Colônia Cecília, em 1890, que foi dirigida por imigrantes italianos.
Não há consenso entre os historiadores sobre as origens da ideologia anarquista. Mas é possível afirmar que alguns pensadores e teóricos influenciaram decisivamente no conteúdo da ideologia anarquista. O anarquismo influenciou importantes movimentos sociais no transcurso do século 19 até a metade do século 20.
A ideologia anarquista se assemelhava à ideologia socialista - principalmente no tocante a luta de classes, a defesa das classes oprimidas, a crítica da propriedade privada, da sociedade e