Anarquismo

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Anarquismo (do grego ἀναρχος, transl. anarkhos, que significa "sem governantes”, ou "sem poder" a partir do prefixo ἀν-, an-, "sem" + ἄρχή, arkhê, "soberania, reino, magistratura” + o sufixo -ισμός, -ismós, da raiz verbal -ιζειν, -izein) é uma filosofia política que engloba teorias, métodos e ações que objetivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório e de Estado. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias baseadas na livre associação.
O movimento surgiu por volta do século XIX, em um período de ascensão do movimento operário. Iniciando-se na França, depois Rússia, Itália chegando ao Brasil no final do século XIX, trazido pelos espanhóis, Franceses e belgas.
As origens do movimento derivam da concepção individualista dos direitos naturais, defendida por John Locke. Para o filósofo inglês, haveria um contrato voluntário acordado entre indivíduos iguais em direito e em deveres. Os anarquistas e os liberais foram os primeiros a extrair das ideias de John Locke profunda implicações políticas.
Anarquia significa ausência de coerção e não a ausência de ordem. A noção equivocada de que anarquia é sinônimo de caos se popularizou entre o fim do século XIX e o início do século XX, através dos meios de comunicação e de propaganda patronais, mantidos por instituições políticas e religiosas. Nesse período, em razão do grau elevado de organização dos segmentos operários, de fundo libertário, surgiram inúmeras campanhas antianarquistas. Outro equívoco banal é se considerar anarquia como sendo a ausência de laços de solidariedade (indiferença) entre os homens, quando, em realidade, um dos laços mais valorizados pelos anarquistas é o auxilio. À ausência de ordem - ideia externa aos princípios anarquistas -, dá-se o nome de "anomia".
Os anarquistas se caracterizaram pela pouca inclinação à constituição de grandes organizações, formando

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