O amor é contagioso
36: 5-15, jan./mar. 2003
REVISÃO
HIPOVITAMINOSE A:
COFATOR CLÍNICO DELETÉRIO PARA O HOMEM
HYPOVITAMINOSIS A: COFACTOR OF DELETERIOUS CLINIC OUTCOME IN HUMAN BEING
Patrícia El Beitune1; Geraldo Duarte2; Silvana M. Quintana3; Ernesto A. Figueiró-Filho1 & Hélio Vannucchi4
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Pós-Graduanda 2Docente. 3Médica Assistente. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. 4Docente. Departamento de Clínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP.
CORRESPONDËNCIA : Patrícia El Beitune. Rua Alexandre Fleming 112/31 – Vila Seixas. EP14020-030 Ribeirão Preto - SP - Email pbeitune@ig.com.br EL BEITUNE P; DUARTE G; QUINTANA SM; FIGUEIRÓ-FILHO EA & VANNUCCHI H. Hipovitaminose A: Cofator clínico deletério para o homem. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 5-15, jan./mar. 2003.
RESUMO: Importante foco de atenção em Saúde Pública tem sido a avaliação de determinados micronutrientes no ser humano, em especial aqueles que se encontram associados à vulnerabilidade orgânica, conseqüente ao desiquilíbrio ou à deficiência desses micronutrientes.
Entre os micronutrientes, a hipovitaminose A tem sido objeto de realce devido à significante prevalência em populações de países em desenvolvimento. Este artigo aborda a Vitamina A, enfocando seu metabolismo e as repercussões deletérias, decorrentes de sua deficiência sobre o organismo, suas manifestações no ciclo gravidopuerperal, e sua interação em situações clínicas, específicas.
UNITERMOS: Deficiência de Vitamina A. Vitamina A.
1- INTRODUÇÃO
A história da vitamina A está intrinsicamente ligada a suas aplicações clínicas, notadamente àquelas ligadas ao controle da cegueira noturna. Segundo
Franco, esta afecção foi descrita, pela primeira vez, no Egito, cerca de 1500 a.C.(1). Naquela época, entretanto, não foi associada a nenhuma deficiência dietética. A partir da segunda metade do século XIX, surgem os primeiros relatos, associando algumas alterações oculares, dependentes de