O amor na abordagem direta ao inconsciente
Vejamos o que diz um artigo de Renate Joster: Amor: palavra desgastada, desfigurada, banalizada. Em nossa atual mentalidade cientificista, o Amor perdeu o seu significado, o seu sentido, o seu lugar. Falar em Amor é motivar o descaso ou levar ao esboço de sorrisos maliciosos de conotações puramente sexual, que destroem a essência para limitar a vivência deste amor a um “fazer” exteriorizado, vazio, apenas físico. Considera-se o Amor como algo poético, sentimental, próprio do adolescente imaturo, povoado de ilusões, indigno de merecer a “seriedade de uma abordagem científica, a não ser sob seu aspecto apenas fisiológico, no qual se quer resumir todo este Amor.
Agora vejamos uma descrição do que ocorre na terapia, Abordagem Direta do Inconsciente-ADI.
Ainda segundo a Renate Joster, essa mesma ciência permite hoje que se chegue à interioridade profunda do ser humano, pela pesquisa de campo inconsciente (ADI), e que se comprove, assim, indubitavelmente, que tudo, todo o segredo de bem-estar, saúde, equilíbrio de humanidade, se assenta sobre uma única pedra fundamental, que é exatamente o Amor. Prova-nos, por outro lado, este inconsciente, que todos os males, as violências, os desatinos, as guerras, as doenças individuais e sexuais, os problemas psicológicos e mentais, se originam em última análise, do desamor.
Mostra-nos, essa ciência fisicista, que neste processo de interiorização se encontra uma luz e que esta luz é aconchego e Amor. Mostra, em oposição, a outra face, o desamor, sempre percebido pelo paciente como frio que apavora, que faz tremer e é visualizado como escuridão. Uma vez dentro da luz, o paciente vê a fonte em outra luz maior e, com simplicidade, a identifica com Deus, Deus que é Amor, como dizia São João. Assim, o ser humano sente-se amado na primeira instância de seu existir, na concepção, ainda antes da concretização física de si