O adoecer psíquico do subploretariado - resenha

O livro O adoecer psíquico do subproletariado aborda o resultado de uma pesquisa tanto quantitativa (questionário fechado) quanto qualitativa (pesquisa ligada à entrevista semi-estruturada com perguntas abertas, no qual há a análise do conteúdo dos discursos do sujeito) realizada nas periferias da área metropolitana de Belo Horizonte, principalmente na região Oeste, com ênfase na favela Cabana do Pai Tomás. Tal pesquisa foi feita por uma equipe transdiciplinar que envolve profissionais da área da saúde, humanas, sociais, estudiosos, políticos através de uma ampla epistemologia que tem contribuições da psicanálise, sociologia, antropologia, lingüística, teologia, clínica médica, dentre outras. Essas contribuições são fundamentais para se compreender o subproletariado como um ser íntegro, portador de grandes problemas principalmente físicos e mentais que o fazem adoecer. Com isso, Castilho divide seu livro em 5 partes para ressaltar e fazer compreender todo o percurso que envolve desde os maiores obstáculos até excelentes conclusões e soluções da pesquisa desenvolvida com esta população marginalizada.

Na primeira parte do livro está descrito o histórico do trabalho no qual contém a metodologia de uma pesquisa-ação desenvolvida por um processo de investigação diagnóstica com 20 mulheres pertencentes a comunidade Cabana do Pai Tomás, em que se executa a questão do corpo, trabalho, relação-homem e maternidade. Tal pesquisa envolve a união da teoria com a prática através de uma conexão entre o saber científico com o popular. Os objetivos do projeto são o de analisar as demandas realizadas pela camada popular relativas ao cuidado com a saúde mental e o de enfatizar a promoção desta utilizando uma abordagem preventiva na elaboração e prestação de serviços. Um dos principais objetivos deste projeto é a possibilidade de haver um atendimento digno na saúde mental de todo ser humano sem haver discriminação (cor, raça, etnia, situação social), pois a garantia de uma boa