O administrador do futuro
O tempo ganhou uma dimensão extraordinária na contemporaneidade. Para bem educar um filho é preciso conviver com ele, o que pressupõem dispor de tempo. Como contornar agendas lotadas e a falta de rotina organizada de muitas famílias para dar conta da educação dos filhos?
Por isso que eu falo de projeto em relação a educação. Esse negócio de dificuldade de tempo é uma situação circunstancial. Nunca vivemos um tempo tão difícil que sobrasse tempo para ficar com os filhos. Aí o Projeto educação é que nos possamos usar a idéia de que todas as pessoas que estão convivendo com os nossos filhos tem que ser cooparticipantes na educação. A gente forma uma rede educativa de pessoas conviventes com o nosso filho. Não mais uma coisa de presença física de pai e mãe, mas as idéias são passadas para as vovós, babás, ou seja, lá quem for ficar com os filhos, para que as crianças comecem a ter noção do que os pais querem que transmita.
Cabe aos pais, depois que voltam para a casa, ouvir o relatório, a passagem de plantão do que aconteceu ou deixou de acontecer. Os pais também têm que chegar nos filhos e conversar com eles para ver o que aconteceu na sua ausência. O filho tem que sentir que através dessas pessoas os pais estão presentes. Por que se não for dessa maneira o filho vai ficar muito com a sensação de abandono e no abandono eles é patrão, patrãozinho e pode fazer o que quiser, porque teoricamente ficam as pessoas lhe fazendo a vontade.
A família transferiu muito da educação dos filhos para a escola. Como a escola pode contornar e como deve agir para tratar as conseqüências dessa omissão da família?
Para a família e filho é como um navio. Toda a carga genética, as primeiras bases relacionais, valores de personalidades e humanos, tem que ser passados pela própria família. Mas se os filhos são como navios eles foram feitos para ganhar os mares da vida, para irem para lugares que os pais sequer conhecem. Por isso o navio precisa de