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Gladwell começa analisando as equipes infanto-juvenis de hóquei do Canadá, e descobre que as grandes maiorias dos destaques desse esporte nascem no começo do ano, particularmente nos meses de janeiro, fevereiro e março. Isso ocorre porque há uma diferença de desenvoltura corporal bastante acentuada entre quem nasce no começo e quem nasce no final do ano, na faixa dos 9 a 11 anos, e isso acaba sendo determinando na escolha dos melhores atletas. Já por aí se vê que não é apenas o esforço individual dos meninos que conta, mas, sobretudo um fato totalmente aleatório, que é a época de nascimento deles.
2 | A regra das 10 mil horas
Analisando a biografia de personalidades que se destacaram pela excelência em seus respectivos campos de atuação, como Bill Gates, Mozart e The Beatles, o autor conclui que, para que alguém atinja um nível internacional de expert, são necessárias pelo menos 10 mil horas de prática, o que equivale a cerca de três horas por dia, ou 20 horas por semana, de treinamento, durante 10 anos. Trata-se de uma quantidade de tempo enorme, mas necessária para alcançar um padrão superior de qualidade em seu campo de atuação.
Outro aspecto interessante desse capítulo é a constatação de que determinados grupos de pessoas de sucesso em áreas específicas nasceram também em demarcados momentos temporais. Por exemplo, os grandes industriais norte-americanos do século XIX nasceram todos na década de 1830.
Em outros termos, para ser um fora de série, talento e esforço por si só não são suficientes. É preciso saber também aproveitar as oportunidades, e se beneficiar dos legados culturais do ambiente em que viveram. Além disso, tudo existe um fator aleatório, que é a sorte de terem nascido na melhor época.
3 | O problema com os gênios – parte 1
Ter um alto nível de inteligência medido pelos testes de QI não é suficiente para conseguir destaque. A partir de certo ponto, um conjunto de fatores que nada tem a ver com a inteligência