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Revisão Bibliográfica
Este capítulo apresenta uma revisão de estudos de estimativa 3D de pressão de poros e alguns conceitos de pressões anormais a fim de contextualizar a sua importância neste estudo.
2.1. Pressões de Poros Anormais
As pressões ditas anormais são aquelas que diferem da pressão hidrostática (pressão de poros normal), ou seja, a pressão exercida por uma
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coluna de água em um ponto a certa profundidade. Segundo Falcão (2002) a pressão normal varia de acordo com o meio, assumindo os valores de 8,33 lb/gal
(1g/cm3) em água doce e 8.9 lb/gal (1,07 gr/cm3) em água saturada com 100.000 ppm de NaCl. Rocha e Azevedo (2007) entendem como pressão normal aquelas entre 8,5 lb/gal (1,02 g/cm3) e 9 lb/gal (1,08 g/cm3).
A pressão de poros anormal é a pressão exercida pelo fluido contido nos poros da formação em um determinado ponto, cujo valor pode ser maior
(sobrepressão) ou menor (subpressão) que a pressão normal.
Não é comum a ocorrência de subpressões. No entanto, elas existem e são difíceis de serem identificadas durante a perfuração. Possíveis ocorrências podem ser verificadas quando um poço é perfurado acima do nível da água ou quando não é feita a compensação de perda de pressão da formação durante a produção de hidrocarbonetos. Estes campos são conhecidos como campos depletados (Fertl e Chilingarian, 1977).
Algumas ocorrências de subpressões no mundo estão localizadas no
Canadá (bacia West Canadá-Alberta) e nos U.S.A. (Silurian Clinton sand-eastern
Ohio, San Juan Basin-New México e Colorado, bacias Red Desert e Green
River-Wyoming). Em cada um destes casos as bacias estavam elevadas em relação ao nível da água e se encontraram reservatórios de gás, os quais ao serem perfurados experimentaram uma redução de temperaturas (Swarbrick e
Osborne, 1998). Não se conhece ocorrências de subpressões no Brasil. Por isso não é considerado um problema esperado para o campo em estudo nesta dissertação. 18
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