M DIA E CULTURA RAMON E RENATA
ERA DAS REDES SOCIAIS
PROFESSOR FRANCISCO EDUARDO MENEZES MARTINS
NOVO HAMBURGO
2014
O ser/ter humano está conectado com todos simultaneamente. Esse é o propósito das redes sociais, que, há décadas atrás, eram banalizadas e, hoje, é quase impossível encontrar alguém que não esteja conectado. Tal tecnologia tornou-se uma ferramenta indispensável para alguns, por exemplo, os políticos que buscam conquistar novos eleitores, porém, o que essa conexão promove: a união ou a desunião?
Percebe-se que as pessoas são maleáveis, desapegadas, já que se perdeu o conceito de “amizade” (o que se aplica aos relacionamentos em geral); não há mais o contato físico, a conversa oral, basta digitar. E isso distancia as pessoas cada vez mais.
Não é nada incomum encontrar sujeitos “vidrados” em seus celulares, tablets e afins, digitando incessantemente ou grupos de amigos que não conversam oralmente, mas sim virtualmente. Seria isso um avanço ou um regresso na comunicação?
“O ser humano criou a necessidade de se expor em um grupo virtual. É possível criar fantasias nesse mundo e uma imagem daquilo que gostaríamos de ser”, diz Ana Luiza Mano, psicóloga do núcleo de pesquisa de psicologia em informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
A sociedade vive um momento de supervalorização do “eu”. “As pessoas constroem a personalidade de forma a ter mais visibilidade, é uma maneira de se transmitir para o mundo”, diz Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da SaferNet Brasil. E isso ocorre de forma instantânea. Uma vez publicado, um post pode receber imediatamente curtidas ou comentários. A celeridade na reação dos amigos é um dos fatores que trazem bem-estar. Se o grupo se comportar com indiferença, o internauta tende a se sentir um fracassado. “Temos percebido uma ansiedade e um imediatismo muito grande”, diz a psicóloga Ana Luiza. “Motivadas pelas redes sociais, as pessoas desejam ter uma resposta muito rápida e