LAVAGEM A SECO
¹Bruno
²Marlon
BORGES, Luciana Diniz; MACHADO, Patrícia Fernandes Lootens. Lavagem a Seco. Química Nova na Escola. Vol. 35, Nº 1, p. 11-18, Fevereiro 2013.
Luciana Diniz Borges, bacharel, licenciada e mestre em Química pela UnB, é doutoranda em Química na UnB e técnica de nível superior no IQ-Un. Patrícia Fernandes Lootens Machado, bacharel em Química pela UFC, mestre e doutora em Engenharia pela UFRGS, é docente da Divisão de Ensino de Química no IQ-UnB. A forma tradicional de se lavar os tecidos com água e sabão nem sempre consegue atingir um alto grau de limpeza. Esse fato, somado a outros fatores como a deformação e o desbotamento dos tecidos, gerou a necessidade de desenvolver novos métodos de limpeza com a lavagem a seco. Lavar a seco significa lavar por meio de fluido ou solvente não aquoso, isto é, trata-se de um processo que limpa sem utilizar a água. Dessa forma, apesar de o nome ser lavagem a seco, o processo deixa o que está sendo lavado molhado, mas usando um solvente orgânico no lugar da água, o qual poderá ser facilmente evaporado ao final do processo. Ela não se restringe à lavagem de tecidos, fala-se também em lavagem a seco de carros, de estofados em geral, de embalagens reutilizáveis ou não e, até mesmo, de cabelos, na forma de spray ou em pó, sem água em sua formulação, para se absorver o excesso de oleosidade destes. Atualmente, o processo de lavagem a seco segue essencialmente três etapas: na primeira, o solvente é usado para dissolver e dispersar a sujeira do tecido; na segunda, o solvente e a sujeira são removidos do tanque de lavagem; e na terceira, a sujeira é removida do solvente pelo processo de destilação, possibilitando sua reutilização. Na primeira etapa da operação as roupas são colocadas no tambor da máquina, que é então fechada e enchida com a solução em diferentes proporções de solvente orgânico/detergente vinda do tanque básico. O detergente utilizado nesse processo é um estabilizador de emulsão