K-19 the widowmaker
Além disso, como assinalou o próprio Mikhail Gorbachev, os Estados Unidos teriam interpretado o acidente como uma provocação por parte da União Soviética no meio da crise dos mísseis de Cuba, o que teria desembocado na tão temida Terceira Guerra Mundial.
"A princípio, não sabíamos o que fazer. A temperatura começou a subir e a radiação se propagava por toda a embarcação. Não tínhamos instruções. Todo mundo pensava que o reator era confiável. Uma avaria era algo impensável", relatou Victor Strelets, sargento do K-19.
Como depois se soube, a avaria foi provocada por uma falha na construção do submarino. Os EUA tinham acabado de lançar o submarino atômico George Washington, e a URSS não podia ficar atrás. A resposta foi o K-19, um embarcação de 114 m de comprimento, capaz de submergir a 300 m de profundidade e que levava três mísseis balísticos nucleares de 1,4 megaton cada um.
"Depois, o comandante Vladimir Zateev anunciou pelos alto-falantes que tinha acontecido uma avaria e que devíamos manter a calma. Por sorte, nos ocorreu de esfriar o reator com água potável. A ideia funcionou, mas custou a vida de vários companheiros", disse. No total, oito marinheiros que participaram diretamente na reparação da avaria morreram em questão de dias, e 15, nos dois anos seguintes.
Strelets, que gosta de escrever poemas sobre a proeza do K-19, considera que "os marinheiros são autênticos heróis, já que salvaram a tripulação e o mundo inteiro. Imagine, uma explosão atômica no meio do oceano".
Na tela do cinema
A partir daí, o K-19 recebeu o apelido de "Hiroshima", pois sofreu vários acidentes mais até que foi desmontado em 2003. A história do lendário